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CEO de lawtech defende três passos para blindar o backup e evitar ataque cibernético

Para Ruy Rede, CEO da BTTECH, medida equilibra guerra contra os hackers,que são bem-sucedidos em 36,2% dos casos, segundo pesquisa da Fiesp

O aumento dos ataques cibernéticos tem levado as grandes empresas a intensificarem providências, num esforço de evitar os hackers em busca de dados sigilosos. Cerca de 36,2% dessas ações são bem-sucedidas, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp. Uma das medidas cada vez mais aplicadas por parte das corporações é a blindagem do backup para proteger as informações.

Prova dessa tendência é a Gerdau, que decidiu resguardar seu backup diante da proliferação dos ataques de ransomware. Com vasta experiência no setor, o CEO da lawtech BTTECH, Ruy Rede, explica que a blindagem tem a proposta de criar uma espécie de “cofre digital” desconectado das redes corporativas. O acesso é restrito a poucos usuários.

A vulnerabilidade dos backups existe em função da necessidade de recuperar os Dados com rapidez e a um custo razoável

“É mais uma camada de proteção no ambiente tecnológico. Muitos hackers se aproveitam do formato de backup muitas vezes simples para conseguir as informações da empresa”, esclarece Rede.

Antes da blindagem, criaram-se várias alternativas, a começar pela criptografia dos Dados. Depois, veio o armazenamento do backup completo em locais diferentes com nomenclatura diferenciada, passando pela separação das informações em compartimentos diferentes. “O grande problema dessas soluções é o custo e a rapidez da restauração, após o ataque cibernético.”

O CEO da BTTech destaca que a vulnerabilidade dos backups existe em função da necessidade de recuperar os Dados com rapidez e a um custo razoável, sem perda da integridade dos Dados. Ainda de acordo com ele, antigamente a criptografia deles era somente a compressão de Dados e muitas empresas mantêm o sistema dessa forma até hoje.

“Do lado do invasor, encontrar um backup desprotegido já deixou de ser um desafio. Durante a pandemia, muitas empresas tiveram que se reinventar e fazer a transformação digital de forma rápida E isso criou um gargalo na proteção de dados, deixando vários pontos vulneráveis”, ressalta o especialista.

Inteligência Artificial
Para garantir a proposta de criação do “cofre digital” com a blindagem do backup, é preciso utilizar a Inteligência Artificial. Ruy Rede afirma que essa aplicação permite uma restauração dinâmica das informações em caso de um ciberataque. “Isso vai garantir uma alta capacidade de recuperação dos dados da empresa em um tempo razoável”, informa.

Dificuldades de invasão
A dificuldade de invasão aumenta com o backup mais protegido. Segundo Rede, ao mesmo tempo a empresa deixa de ser dependente do hacker para recuperar seus dados. “Isso não inibe a ação do Hacker, mas alguns conceitos de Aprendizado de Máquina que começam a ser usados na blindagem começam a equilibrar a batalha e a proteger mais os usuários finais da informação”, ressalta.

Simule ataques surpresas
O especialista afirma a necessidade de realizar simulações de ataques cibernéticos sem avisar os colaboradores para testar a eficiência da blindagem do backup. Para Rede, elas sempre são uma boa alternativa, desde que os peguem de surpresa. “No final das contas, vale a máxima popular de não deixar a chave perto da porta, pois a ocasião faz o ladrão. Muitas vezes, os hackers estão mais atentos e preparados do que muitos profissionais da área de segurança”, finaliza.

Fonte: Infor ChannelGS1 Brasil