É comum que usuários ainda enfrentem dificuldades de conexão
Em operação em 184 municípios — entre eles todas as capitais —, o 5G standalone acaba de completar um ano de ativação no Brasil. Essa modalidade da tecnologia é conhecida como 5G puro, ou seja, que tem sua própria estrutura. A outra opção é o 5G non-standalone, que usa a estrutura do 4G: nesse caso, já são 315 municípios com cobertura.
Outros 1.610 municípios (que concentram 141 milhões de brasileiros, o que representa 66,4% da população) já têm autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ativar o sinal. Isso depende, entretanto, de as operadoras instalarem os equipamentos e solicitarem permissão ao órgão. De acordo com o Sindicato das Empresas de Telecomunicações e Conectividade (Conexis), a tecnologia já alcança mais de 10 milhões de usuários.
Para Ruy Rede, CEO da BTTECH, porém, o avanço da tecnologia foi muito inferior ao que ela pode oferecer. “As propagandas criaram expectativa de um mundo totalmente novo com experiências incríveis”, lembra. Apesar disso, os usuários finais ainda experimentam falhas de conexão. “Talvez os gamers tenham sentido melhor esse avanço”, avalia. “Há, ainda, muito a fazer para que a tecnologia tenha aproveitamento total.”
O especialista destaca que as operadoras de telefonia não têm incentivo financeiro para acelerar os processos. “Elas ainda não descobriram a fórmula ideal para transformar essas novidades em lucro. O pensamento não está errado, mas atrasa o processo de chegada da tecnologia às mãos do cliente final”, aponta.
Rede destaca que a tecnologia precisa ser útil e economicamente viável para se manter. “Já existem telefones e dispositivos de internet das coisas (IoT) suficientes no mercado para que as empresas criem novos serviços e produtos para essa nova realidade. Há demanda para soluções que os usuários finais sequer imaginam.”
Além disso, apesar das possibilidades do 5G, faltam agentes inovadores e inventores para a tecnologia. “O telefone levou mais de 50 anos para atingir 50 milhões de usuários, enquanto a internet precisou de pouco mais de três anos. A diferença do mundo atual é enorme e agora a expectativa é que tudo aconteça na velocidade do 5G.”
Fonte: Rádio Itatiaia; Inforchannel; TecFlow; Crypto ID; Monitor Mercantil e Ipesi Digital.